há um componente
extraordinário, e há a tragédia humana, com pessoas que aproximam-se de ter
tudo o que mais aspiravam, mas só para arruinarem-se inteiramente até o zero absoluto
no andamento subsequente.
As tragédias humanas,
súbitas, com as quais todas as pessoas podem se identificar, são narradas em
cada episódio, por inteiro. Cada episódio tem uma história inteira, com começo,
meio e fim, e no qual se passa a narrativa da condição humana, tocada por
fantasia e por uma pungente dureza, embalada por ficção científica.
Entre 1959 e 1964, foram criadas obras-primas,
lançadas sob o formato de 156 episódios, cuja influência estendeu-se a muito do
que você assiste, até hoje, em filmes, séries, livros, hq, etc.
Talvez, pelo
fato de não conhecer as obras de Serling, você já tenha visto muito do trabalho
de Serling, mas não reconheça como sendo uma criação dele – mas a produção está toda por aí, e ele é, de fato, um autor atemporal e dificilmente esquecível.
O irônico de
toda esta atemporalidade de Serling reside na situação que ele tinha ao
começar: por um lado, acontecia a Era Macartista nos EUA, e muitos roteiristas
e escritores sentiam a pressão persecutória não só no momento de produzir, mas
também em termos mais banais de suas vidas. Por outro lado, pasmem, segundo o próprio
Serling, ele “tinha que escrever como fazia porque não conseguia escrever como
os outros roteiristas e escritores” que mais gostava (!). É incrível, não é?
Quem
bom para todos, e para a evolução e desenvolvimento dos gêneros trabalhados por
ele que ele não conseguia escrever como os outros..!
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