sexta-feira

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Primeiros Erros – TWD, A Danação



Criando um castelo de sonhos, com premissas e expectativas cujo desenvolvimento que  sempre ficavam para depois, começaram a rumar para o caminho da degringolação geral.

Aumentaram-na espichando os episódios, para preencher mais tempo e mais episódios, para prender a audiência. A temporada se alarga desnecessariamente, e, mesmo conseguindo encher 16 episódios, a trama termina inconclusivamente, deixando margens a comentários e sensações um pouco estranhas, pois o que se fazia, naquele final inconcluso, não era um genuíno Gancho (ou cliffhanger).

Toda aquela fatídica quarta temporada, A Trama do Governador, arrastou-se pesada e dolorosamente, foi aonde já se começou a se encher os episódios, sempre a empurrar um pouco mais através de traminhas chatinhas, que parecem coisa de criança implicante, como a doença misteriosa que ocorre na prisão, só para empurrar um pouco mais até que aconteça o grande ataque que ‘muda tudo’, deixando todos perdidos em grande confusão, espalhando os sobreviventes em novo êxodo forçoso e desesperançado, e é assim que finalmente chega-se ao final da primeira metade da quarta temporada, e nos fazem o grande favor de nos entregarem uma segunda metade de temporada que é um festival de encheção e preenchimentos inúteis.

Toda aquela quarta temporada, nos trouxe o pior –  foi aí que tiveram a brilhante ideia para sua fórmula mágica que se repetiria incansavelmente e que se tornaria ‘o’ Padrão que repetiriam, a partir daí, por toda a série:

Em cada novo episódio se conta uma trama independente de um só personagem, ou de um grupo bem reduzido de personagens, ao invés de contar uma trama inteira com vários arcos argumentais ( um único episódio sempre é subdividido em subtramas, ou tramas individuais), o que mina e destrói o ritmo narrativo, não cabendo espaço para criar nada melhor.

Foi mais um ‘Começo do Fim de TWD’, pois tornou-se ‘padrão’ paralisar todos os métodos dramáticos que poderiam dar em alguma coisa só para fazerem mais oito episódios, e já estava estipulado que os personagens que estavam separados se reuniriam novamente, em uma isca chamativa tão boçal que nem pode ser um gancho – o termo cliffhanger, em português brasileiro, é chamado também “isca”, porque é uma isca usada para atrair a audiência, é  aquele final de episódio ou capítulo que te deixa louco para ver o final.
Em TWD precisam continuar a se utilizar do termo em inglês (que quer “à beira do precipício”) pois este termo combina bem com o que se passa. Este foi mesmo um cliffhanger, não foi um gancho que te leva a ver o próximo capítulo. 

É a ‘beira do precipício’ mesmo, acompanhada da primeira de uma cadeia triste de várias quedas de qualidade em TWD.



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